A Auxiliadora

Todos os jovens procuram uma mulher assim. A maioria das jovens buscam ser consideradas uma auxiliadora. Ao ler o livro, Em busca da Alma Feminina, me deparei com algo que gostaria de compartilhar neste texto. Uma determinada parte do texto considerei tão linda que não havia como não compartilhar.

Eis o que dizia o texto de Eldredge, 2007, pg. 48:

“Ao criar Eva Deus à chama de ezer kenegdo. “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele [uma ezer kenegdo]” (Gênesis 2:18). Robert Alter, estudioso do hebraico, que passou anos na tradução do livro de Gênesis, diz que esta frase é “notavelmente difícil de ser traduzida”. As várias tentativas que temos no português são “auxiliadora” ou “companheira”ou a conhecida “auxiliadora idônea”. Por que essas traduções são inacreditavelmente fracas, desinteressantes, rasas... decepcionantes? Em todo caso, o que é auxiliadora idônea? Que menina sai cantando pela casa: “um dia serei uma auxiliadora idônea”? Companheira? Um cachorro pode ser um companheiro. Alter está se aproximando quando traduz como “sustentadora ao lado dele”.O termo ezer é usado somente em outras vinte passagens em todo o Antigo Testamento. E em todos os exemplos, a pessoa que está sendo descrita é o próprio Deus, quando você precisa que ele faça algo por você desesperadamente.
[...] Portanto, uma melhor tradução de ezer seria “salva-vidas”. Kenegdo significa “ao lado de”, ou “oposto a”, um parceiro.”

É disso que falo! Sempre digo a todos que conheço que a Bíblia é o manual do nosso criador para nós, e se andarmos segundo este manual nos determina, seremos todos felizes. Em se tratando de mulheres, é isso que a Bíblia nos diz, logo no começo. Ezer kenegdo, sustentadora ao lado dele, a melhor definição do que devemos ser. No entanto, é preciso falar: como complicamos tal coisa! Como relevamos tal instrução, como abandonamos princípios simples!

O mundo em que vivemos nos leva a achar que os padrões que existem são os certos [e que estão cada vez mais distantes dos princípios bíblicos]. Por mais que não queiramos, o que acontece é que a sociedade em que vivemos já tem os seus parâmetros a serem seguidos quando somos inseridos nela: nascemos, logo vamos para a escola, depois ingressamos no mercado de trabalho [incluindo nós mulheres], rapidamente devemos escolher o que cursar na faculdade, seguida de outra escolha definitivamente determinante: o casamento. E existe algo mais importante e determinante que o casamento para nós que seguimos as escrituras? Afinal ela nos ensina que não temos como voltar atrás, a decisão é para toda a vida.

Com o passar dos anos tenho aprendido muitas coisas [estou longe de ser uma conselheira experiente]. Aprendi que a pessoa que precisamos ao nosso lado é alguém que gostamos de conversar, que nos leva mais próximos de Deus, que nos faz querer ir além, que nos faz ter sonhos maiores, que nos torna seguros pelo simples fato dela estar alí. Uma pessoa que amamos conversar, uma pessoa que nos alegra, que nos traz paz. E em se tratando das mulheres, uma pessoa que seja apta a cuidar de nós. É disso que precisamos.

Mas quando me deparei com este livro, esta parte em especial saltou e eu entendi ainda mais o significado dessa parte do manual que o Criador deixou pra nós. Entendi que Deus criou a mulher não para ser menor que o homem, nem para ser maior, mas para ser alguém que seria uma sustentadora ao lado dele. Que lindo isso! Que profunda verdade!

Todos nós conhecemos algum casamento que usamos como Benchmark, como modelo. E se analisarmos ao fundo, este homem encontrou uma sustentadora para estar ao seu lado, uma coluna para alicerçar o lar. O trabalho de edificar um lar, segundo determinou Deus, deve ser observado pelo casal, sendo o homem o cabeça, mas tendo uma sustentadora ao seu lado. Que profunda verdade esta tradução nos traz... Quantos velhos senhores nos dizem que não seriam nada sem a mulher que está ao seu lado?

No entanto o que vemos é uma geração corrompida, sem esperança, despreparada para tal coisa, e os motivos são os mais diversos: feminismo (porque se apóia na idéia de que a mulher deve dominar), machismo (porque prega que a mulher não tem vez), mudanças de comportamento da sociedade (transformando a mulher escrava do mercado de trabalho para trazer para casa produtos materialistas), libertinagem (que prega o relacionamento sem compromisso), e por aí vai...

Então surge a grandeza do amor de Deus, em meio a este turbilhão de coisas loucas, Ele nos deixa um manual que nos traz de volta à simplicidade do “SUSTENTADORA AO LADO DELE”. Tão simples tão profundo. Uma sustentadora para os momentos difíceis, de estresse, de lutas, de recuperação. Alguém com quem o homem possa contar, alguém que tem ao seu lado para o que der e vier. É isso que um homem deve querer!

E quanto às mulheres? O que eu estou dizendo pode ser pesado demais, portanto, desencorajador! Não, é não! É mais simples do que se pensa. Se resgatarmos no fundo da nossa alma, isso era tudo o que Ele desenvolveu em nós desde o início, quando nos criou: para sermos sustentadoras. Ou as mulheres que lêem este texto acham que a necessidade de ter alguém ao seu lado para compartilhar sua vida seja uma mera necessidade afetiva? Não é! É sim, um princípio bíblico! Isso também vale para os homens, é princípio bíblico.

Simples, muito simples. Sabe o que precisamos para que alguém encontre em nós uma sustentadora? Sermos cheias do Espírito Santo, porque assim Ele mesmo nos ensinará como devemos agir, o que é sustentar, o que é cumprir o que nos está reservado no manual do criador, e assim, ter um lar feliz. Homens e mulheres em busca de um lar. Meu conselho? Mulheres enchamo-nos do Espírito Santo, porque Ele pode nos moldar. Homens busquem em Deus discernimento para encontrar uma esposa assim, uma sustentadora ao seu lado. Vocês verão como é bom o casamento seguindo o manual que o nosso Deus nos deixou. Para todos nós, que venhamos a pedir a Deus constantemente sabedoria, para antes de querermos, sermos a pessoa que alguém poderia procurar, e assim se cumprirá o propósito de Deus para este mundo sem esperanças.

Para Refletirmos,

Simone da Fonseca

Eldredge, John. Em busca da alma feminina. 2007, pg 210.